quarta-feira, 3 de maio de 2023

Seagri incentiva pesquisa e plantios de umbu em Vitória da Conquista


Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de plantios de umbu pelo estado, em especial no ecossistema da caatinga, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) vem realizando estudos e parcerias. Agora, efetivou a doação de microaspersores e sacolinhas para mudas e plantios, na região de Vitória da Conquista. O material foi entregue à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural do município, cuja prefeitura mantém a Fazenda Experimental Pedra Mole, área de dez hectares com plantio de 33 variedades do umbu, 25 delas do chamado Umbu Gigante, que vem dando novo fôlego à comercialização do tradicional fruto do semiárido brasileiro. “Temos atualmente 800 pés de umbu na Fazenda Experimental Pedra Mole. Percebemos que o umbu vem se transformando em uma grande opção para a caatinga, e aqui em Vitória da Conquista possuímos áreas desse ecossistema. Nosso objetivo é fornecer mudas para plantios pela região e também servirmos de campo de exemplo, aberto à visitação de produtores, pesquisadores e estudantes. Nosso primeiro foco é a agricultura familiar, mas o próprio incentivo a esse setor também multiplica o interesse pelos plantios comerciais, em áreas maiores”, comenta o coordenador de Fomento à Agricultura Familiar da Secretaria de Desenvolvimento Rural de Vitória da Conquista, Eduardo Castro. Soma-se a isso uma aceitação crescente do mercado para o umbu e uma intenção de que o fruto ultrapasse fronteiras e ganhe o gosto internacional. Nesse sentido, todo o setor vem experimentando grande desenvolvimento, com utilização do umbu em doces de corte e cremosos, comportas, polpas e preparados líquidos, além de licores e até cerveja. Para se ter uma dimensão da importância da produção do umbu para as famílias do semiárido, somente a Cooperativa de Produção e Comercialização da Agricultura Familiar do Sudoeste da Bahia possui 212 famílias associadas, com cerca de 540 pessoas atendidas diretamente e outras cerca de 540 de maneira indireta. Os associados vêm colhendo cerca de 1 (uma) tonelada de umbu por ano. O umbu, quer seja para consumo em suas diversas possibilidades como também como matéria prima paras as indústrias de cosméticos e remédios, é um produto de enormes perspectivas e que representa um mercado com amplas possibilidades de desenvolvimento”, finaliza o engenheiro agrônomo Marcelo Libório, coordenador de Estudos e Projetos Agrícolas da Seagri.

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