As Centrais Sindicais convocaram sindicalistas de todo o País
para protesto contra a terceirização em frente ao Congresso Nacional,
nesta quarta-feira (18), em Brasília. O evento vai marcar mais uma etapa
decisiva na luta contra o projeto de regulamentação da terceirização,
que será debatido em Comissão Geral (audiência pública) no plenário da
Câmara dos Deputados.
No plenário, a partir das 10 horas,
dirigentes sindicais, representantes de empresas e instituições como o
Ministério Público vão expor suas opiniões sobre o projeto de lei.
“Temos que nos mobilizar contra a aprovação desse projeto, que só
beneficia os patrões”, enfatiza o presidente da CTB, Adilson Araújo.
“O acesso ao local da audiência será restrito, por isso é muito
importante mais uma grande e forte manifestação do lado de fora do
Congresso em apoio aos representantes dos trabalhadores que estarão
dentro do plenário”, afirmou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
Para
o deputado Assis Melo (PCdoB-RS) e membro da CTB, a terceirização
valoriza o lucro empresarial: na indústria, 54% das empresas usam
serviços terceirizados e 91% indicam opção como vantagem na redução de
custos. Ele denuncia ainda que os terceirizados trabalham três horas
mais e ganham 27% menos.
É um retrocesso regulamentar o trabalho terceirizado, atingindo quase
oito milhões de trabalhadores, como uma ação que possa servir à
precarização da relação do trabalho, alerta, acrescentando que a
flexibilização dos direitos trabalhistas representa um retrocesso no
ordenamento jurídico brasileiro e uma afronta à Constituição, que prevê a
proteção ao trabalhador.
Da Redação em Brasília
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