Os bancos e os juros
Renato Rabelo:
As medidas que derrubaram as taxas de juros “na boca do caixa” têm alcance tanto imediato quanto estratégico. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal iniciaram a aplicação dessas medidas nesta semana com os juros no cartão de crédito a 1,35% ao mês – há duas semanas, a média era 8,01%.
Esse dado ilustra bem a natureza da medida: “forçar” o setor privado a uma concorrência capaz de fazer chegar às pessoas comuns e nas empresas – com necessidade de capital de giro – a queda das taxas de juros (Selic) iniciadas em agosto do ano passado.
Esta medida completa, em essência, as medidas de estímulos fiscais para a produção. É bem sabido que tais medidas em prol da concorrência bancária não serão capazes de revertero processo de desgaste de nossas cadeias produtivas. Servem como estímulo ao consumo, uma das formas de alavancar a produção em meio a uma crise financeira quase sem fim. Também não vão ao encontro de uma solução final para o crônico problema do financiamento da produção no longo prazo.
Mas é estratégica. A própria grita dos economistas e jornalistas do mercado contra a medida atestam isto. Pedem garantias aos acionistas dos bancos estatais da suposta perda de ganhos. Chamam a atenção para a possibilidade de uma nova espiral inflacionária. Mas pedem tempo para se ajustar à nova realidade. No fundo querem apoio estatal direto para se adequarem sob a forma de cortes de impostos e garantias contra clientes inadimplentes. Um absurdo, tamanhos têm sido os lucros acumulados por estas instituições desde o anúncio do Plano Real.
Agora sim, está institucionalizada a concorrência pelo crédito. Vai levar quem oferecer mais e melhores vantagens para os clientes. A prática como o critério da verdade está aí.
Os oligopólios podem combinar preços e lucros. Podem inclusive triplicar, quadruplicar a Selic sob a forma de spreads bancários e taxas escorchantes. Nessas horas a concorrência é uma verdadeira maldição. Uma contradição em termos...
As medidas que derrubaram as taxas de juros “na boca do caixa” têm alcance tanto imediato quanto estratégico. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal iniciaram a aplicação dessas medidas nesta semana com os juros no cartão de crédito a 1,35% ao mês – há duas semanas, a média era 8,01%.
O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal iniciaram redução
Esta medida completa, em essência, as medidas de estímulos fiscais para a produção. É bem sabido que tais medidas em prol da concorrência bancária não serão capazes de revertero processo de desgaste de nossas cadeias produtivas. Servem como estímulo ao consumo, uma das formas de alavancar a produção em meio a uma crise financeira quase sem fim. Também não vão ao encontro de uma solução final para o crônico problema do financiamento da produção no longo prazo.
Mas é estratégica. A própria grita dos economistas e jornalistas do mercado contra a medida atestam isto. Pedem garantias aos acionistas dos bancos estatais da suposta perda de ganhos. Chamam a atenção para a possibilidade de uma nova espiral inflacionária. Mas pedem tempo para se ajustar à nova realidade. No fundo querem apoio estatal direto para se adequarem sob a forma de cortes de impostos e garantias contra clientes inadimplentes. Um absurdo, tamanhos têm sido os lucros acumulados por estas instituições desde o anúncio do Plano Real.
Agora sim, está institucionalizada a concorrência pelo crédito. Vai levar quem oferecer mais e melhores vantagens para os clientes. A prática como o critério da verdade está aí.
Os oligopólios podem combinar preços e lucros. Podem inclusive triplicar, quadruplicar a Selic sob a forma de spreads bancários e taxas escorchantes. Nessas horas a concorrência é uma verdadeira maldição. Uma contradição em termos...
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