Ações e planos brasileiros para a COP 30 são validados pela ONU

Estratégias eficazes - Por videoconferência, Simon Stiell, secretário-executivo da Secretaria das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), ressaltou o empenho do Brasil para a organização da Conferência e o compromisso em solucionar os desafios logísticos. "A COP é uma responsabilidade imensa para qualquer país, e há muitos desafios práticos e logísticos para sediar um evento tão complexo. Este é um momento em que a localização [da próxima conferência] estará bem e verdadeiramente no centro das atenções globais", indicou. Stiell também destacou os benefícios e desafios que o evento trará para a cidade de Belém e o Brasil, mas salientou que o sucesso do evento depende de estratégias eficazes. "Os eventos sobre o clima trazem grandes benefícios para as cidades e comunidades anfitriãs, incluindo um fluxo de atividades econômicas e empregos. No entanto, também apresentam desafios complexos que exigem atenção minuciosa", explicou, pontuando que o Brasil, conhecido por suas soluções inovadoras, tem plenas condições de enfrentar essas questões. A secretária-executiva adjunta da UNFCCC, Noura Hamladji, elogiou os avanços realizados pelo Brasil na preparação da COP30 Amazônia, que observou durante sua missão técnica em Belém nesta semana. "Ficamos muito impressionados com o progresso [das obras] desde outubro de 2023. Essa evolução reflete o compromisso do Brasil em superar os desafios logísticos e políticos de sediar um evento tão complexo", afirmou Noura. A especialista da ONU sublinhou o simbolismo de realizar a Conferência na Amazônia, região que representa, segundo ela, "esperança e um poderoso símbolo para o mundo".
Trabalho conjunto entre os governos - Em novembro, para garantir a logística necessária para sediar a COP 30 Amazônia, os governos federal, estadual e municipal concentraram esforços para garantir que os investimentos em infraestrutura se tornem um legado para a população da cidade. Para o governador do Pará, Helder Barbalho, a integração do trabalho entre os diferentes níveis da gestão pública é fundamental para a realização do evento. Entre os avanços apresentados, Helder ressaltou o planejamento conjunto que vem sendo realizado ao longo dos últimos dois anos, com diagnósticos, soluções e ações concretas para preparar a cidade para a Conferência. "Estamos trabalhando intensamente para que, em setembro deste ano, todas as obras e equipamentos estejam prontos e entregues à população, garantindo uma Belém mais robusta, com uma economia fortalecida e alinhada à sua vocação ambiental", disse. Ele destacou ainda que algumas obras já foram entregues.
Hospedagem garantida - Sobre a alta de preços para hospedagem que estão sendo divulgados em Belém por conta do evento, Noura Hamladji assegurou que são situações comuns em todas as cidades que sediam a Conferência — e que os valores devem cair até novembro. As considerações de Miriam Belchior seguem a mesma linha de argumento da especialista da ONU. A secretária-executiva da Casa Civil do Brasil acredita que o mercado deve se acomodar com o avanço dos planos de hospedagem em implementação pelos governos. “O número de participantes previsto, com base nas COPs anteriores, é de 50 mil participantes ao longo dos 15 dias. Na COP de Baku, por exemplo, o número de participantes em um único dia foi de 28 mil. Portanto, o governo do estado do Pará terá leitos suficientes e ainda uma reserva para que a gente possa realizar esse grande evento”, garantiu Hana Ghassan, vice-governadora do Pará.
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