terça-feira, 28 de maio de 2024

Projeto Memória apresenta legado e discute o pensamento de Lélia Gonzalez em Salvador

Em homenagem aos 90 anos do nascimento e 30 anos do falecimento de Lélia Gonzalez, o Projeto Memória resgata vida e obra da escritora e ativista em uma série de atividades itinerantes por 7 capitais brasileiras até agosto de 2025. Salvador será a primeira cidade a receber a exposição e o seminário “Caminhos e Reflexões Antirracistas e Antissexistas”, nos dias 27 e 28 de maio, na Biblioteca Central do Estado. A iniciativa da Fundação Banco do Brasil, produzida pela Associação Amigos do Cinema e da Cultura, contará com apresentação de um videodocumentário acerca da trajetória da homenageada na abertura do evento, seguida de dois dias de seminários, com palestras de autoras, ativistas e estudiosas do pensamento de Lélia. Dentre as convidadas, estão a escritora Carla Akotirene; a biógrafa de Lélia, Flávia Rios; a promotora de Justiça Lívia Sant’Anna Vaz; e Jurema Batista, primeira deputada estadual negra do Rio de Janeiro, indicada ao Prêmio Nobel da Paz de 2005. Além do seminário, o Projeto Memória apresenta uma exposição com 18 painéis históricos que registram a vida e a obra da escritora. A mostra ficará aberta à visitação do público durante o período de 30 dias, com programação específica para estudantes da rede pública de ensino. Tudo com entrada franca.
Completam o Projeto Memória a edição de um livro foto biográfico em formato de e-book e de audiobook, gratuito e digital, um website, um vídeo de orientação e o Almanaque Pedagógico sobre Lélia Gonzalez, uma ferramenta educacional abrangente e inovadora sugerindo recursos educacionais acessíveis para professores, educadores e alunos de todos os níveis de ensino.
Referência mundial do feminismo negro e uma das maiores pensadoras do Brasil, sendo pioneira no debate público acerca de raça e gênero, Lélia tem sua contribuição intelectual revisitada de modo didático nas atividades do Projeto Memória, também voltadas de modo especial a estudantes da rede pública de ensino.
“O legado de Lélia Gonzalez precisa ser entendido dentro dessa luta que começou no tempo pretérito, mas que, infelizmente continua cada vez mais necessária no tempo presente. E acredito que há de avançar como memória, tornando-se uma memória de potência, resiliência e resistência”, afirma o presidente da Fundação Banco do Brasil, Kleytton Morais.]
Depois de passar por Salvador, o Projeto Memória segue para Belo Horizonte (MG), São Luís (MA), Belém (PA), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS) e encerra em Brasília (DF).

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