terça-feira, 28 de maio de 2024

FEIRA AGROECOLÓGICA MOVIMENTA A ASSEMBLEIA

Ansiada pela maioria dos servidores da Casa, a Feira Agroecológica da ALBA retorna à Casa Legislativa com mais de 30 agricultores familiares expondo produtos orgânicos nas 14 barracas situadas ao longo do corredor, em frente ao refeitório. De iniciativa do mandato do deputado Marcelino Galo (PT), a feira começou nesta segunda (27) e vai até a quarta-feira (29), expondo frutas, hortaliças, queijos, ovos, doces, licores, mel, raízes e derivados. Na organização da Feira desde as edições anteriores, Jucimaria Farias, do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), ressaltou a representatividade da ALBA como espaço “que deveria ser nosso, e que muitas vezes não nos é oportunizado”. Segundo a agricultora, o momento de retomada é muito importante não só para comercialização, mas para a demarcação da potencialidade da agricultura no campo. “Nem todo mundo tem consciência do tamanho que é a produção camponesa e a gente traz uma mostra do que as comunidades produzem”, acrescentou.APICULTURA - Em uma das barracas, a neozelandesa radicada na Bahia, Helen Caughley vende colmeias e derivados da apicultura como mel, extrato de própolis, pólen, shampoo, sabonetes, protetor labial e pano ecológico para embalar comidas. Ao vender a colmeia, ela oferece cursos de criação de abelhas, por meio da Cooperativa de Criação de Abelhas do Brasil (Coopcab). “O foco do curso é na abelha Uruçuca, que não tem ferrão e está ameaçada de extinção e o objetivo é ajudar as pessoas, sobretudo as mulheres, a terem uma fonte de sustento”, afirmou.
Trazendo uma mostra da agricultura indígena na Chapada Diamantina, Alba Payayá vende ervas medicinais e com o reaproveitamento das frutas da região, como jabuticaba, licuri, jenipapo, manga, geleias, compotas, além de doces feitos com leite de cabra. “Para nós, é muito importante mostrar pra Salvador que a gente produz produtos de qualidade, acessível, sem agrotóxico, que o indígena, que tem um estereótipo de uma gente que não produz, também fazemos parte da roda econômica”, disse.
Marilene Andrade cultiva a terra desde pequena, quando começou a entender sobre alimentação saudável e soberania alimentar. Na feira, ela vende lima, laranja pocã, banana, cocada, licor envelhecido, folhas medicinais, “e o que dá no quintal, uma diversidade de produção dependendo da época”.
Para ela, a feira é uma boa oportunidade dos agricultores familiares comercializarem sua produção, sem atravessadores. “Nós produzimos e também comercializamos. Isso dá empoderamento, principalmente para nós, mulheres, agricultoras do campo, que temos toda uma dificuldade de logística pra comercializar os nossos produtos, e também dá visibilidade a uma produção de qualidade”, colocou.
No primeiro dia de retorno, a Feira Agroecológica teve um grande fluxo de servidores e visitantes que adquiriram os mais diversos produtos. Entre eles, Amenair Silva, do gabinete do deputado Marquinho Viana (PV), festejou a volta do evento e parabenizou o deputado Marcelino Galo pela iniciativa. “Essa feira é importantíssima, tanto para o desenvolvimento da agricultura familiar, quanto para educar a população a consumir produtos saudáveis. Pra quem trabalha aqui, melhor ainda, encontrar, dentro da nossa Casa, todos esses produtos à disposição pra gente comprar. Temos que prestigiar, que consumir, para atingir essas finalidades”, comemorou.

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