segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Estudantes do semiárido utilizam cacto para desenvolver ração para animais

A Bahia esteve entre os estados do Nordeste que registraram, em 2023, a pior seca desde 1980, de acordo com dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A falta de chuva é a principal causa dessa situação que afeta diretamente a alimentação dos gados e, consequentemente, o resultado dos pequenos produtores rurais. Pensando nisso, estudantes de Santa Bárbara, município situado no semiárido baiano, desenvolveram um tipo de ração a partir de uma espécie de cacto, conhecida como Palma Forrageira, que garante a ração animal durante o período de estiagem. Juliana Oliveira, estudante do terceiro ano do Ensino Médio e do curso técnico em agroindústria, explica que a Palma é ideal, pois além de ser rica em vitaminas, armazena água em suas hastes, sendo resistente a períodos de estiagem. “Nós precisávamos de um alimento que não morresse com a seca. Analisando a alimentação dada aos animais, vimos que a Palma era uma ótima opção”. A iniciativa, que faz parte do Programa Ciência na Escola, da Secretaria de Educação, surge a partir da influência de outros projetos sociais que ajudam produtores rurais. “Nós pensamos nos animais que sofrem com a seca, como, por exemplo, bovinos, caprinos, suínos e ovinos, além da própria sociedade rural, que não tem renda suficiente para comprar alimentação animal”, afirma a estudante. O grupo, formado por Carolaine Ferreira, Leticia Amorim e Juliana Oliveira, todas do Colégio Professor Carlos Valadares, foi orientado pela professora Hevelynn Franco. Com base nos estudos, as jovens concluíram que o preparo ideal da ração é feito através da secagem orgânica da planta In Natura, ou seja, sem nenhum tipo de alteração, de forma a preservar o aroma natural e agregar na precificação final do produto, seguida da trituração e armazenamento a vácuo, mantendo a conservação. Atualmente, as estudantes planejam, o mais breve possível, buscar maior visibilidade para o projeto e comercializar o alimento.
Fonte: Ascom/SEC

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