quinta-feira, 13 de julho de 2023

Excesso de velocidade matou mais que álcool em 2023

O diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra, explica que, apesar de o senso comum minimizar o desrespeito ao limite de velocidade nas rodovias, dirigir em velocidade acima do permitido amplifica os riscos e a gravidade dos acidentes de trânsito. “Os limites de velocidade determinados nas rodovias existem para garantir a segurança de todos que as utilizam. A velocidade interfere no tempo de reação diante de um imprevisto, no sucesso da frenagem, na estabilidade do veículo, visibilidade e, principalmente, na intensidade do impacto”, observa. No primeiro trimestre do ano, o número de autuações por excesso de velocidade nas rodovias federais registrou uma alta de 45% em relação ao mesmo período do ano anterior. A cada minuto, quatro motoristas foram multados, um total de 501.453 autuações. O aumento reflete a alta de 30,5% das fiscalizações com radares móveis da PRF nos três primeiros meses deste ano, quando foram realizadas 6.266 fiscalizações. Neste período, o tempo de operação dos radares móveis chegou a 12.200 horas, 35,7% mais que no mesmo período do ano anterior. “Nossas rodovias não foram adaptadas ao longo desses anos para o atual modelo de circulação, o número crescente de pontos críticos (trechos com altos índices de acidentes) é fruto de problemas crônicos de pavimentação associado à circulação irregular de veículos acima do peso, fazendo com que o excesso de velocidade nesses trechos resulte em acidentes cada vez mais graves e letais. Uma vez que não temos uma previsão de resolução desse problema, tirar o pé do acelerador pode ser determinante para a vida ou morte nesses eventos evitáveis”, finaliza o diretor da Ammetra. Os dados de acidentes da PRF podem ser consultados AQUI.

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