Itabuna fechou os três primeiros meses do ano com crescimento de mais de 1.200% em relação ao número de casos de dengue registrados em igual período do ano passado. Mais que isso, o município vive uma nova epidemia da doença que em 2009 matou 14 pessoas e atingiu outras 14,5 mil.
O quadro epidêmico foi constatado por técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) que visitaram o município. O relatório da visita feita pelos especialistas identificou diversas falhas no combate à dengue e no atendimento às vítimas da doença em Itabuna. Neste ano, a cidade já computa uma morte suspeita por dengue hemorrágica (confira aqui) e mais de 1 mil casos notificados.
REDE BÁSICA ABANDONADA E HOSPITAL FORA DOS PADRÕES
Conforme o relatório ao qual o PIMENTA teve acesso, a prefeitura não organizou a rede básica (postos de saúde) e os hospitais têm sido a porta de entrada para atendimento às vítimas. Os técnicos também identificaram necessidade de envio de equipe da Sesab a Itabuna “com poder de resolução para as questões da rede hospitalar e monitoramento viral e de patologia clínica”.
Outra recomendação é para que se faça auditoria no Programa Municipal da Dengue. “Existem uma série de não-conformidades e não-cumprimento das metas pactuadas (entre município e estado)”, assinalam os técnicos no relatório.
A Sesab identificou quadro preocupante no Hospital São Lucas, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna. Segundo o relatório, o hospital “encontra-se totalmente fora do padrão para o atendimento (às vítimas da dengue)”. O hospital recebe, diariamente, média de 40 pacientes vítimas da doença.
Uma nova visita técnica da Sesab está agendada para ocorrer no período de 9 a 13 deste mês. O estado ampliará o suporte às ações contra a dengue no município e o reforçará envio do medicamento paracetamol e recriará a sala de situação.
VEREADOR DEFENDE ATUAÇÃO FIRME DO ESTADO
O vereador Wenceslau Júnior (PCdoB) também teve acesso ao relatório. Para ele, está mais do que clara a responsabilidade do município, pois falhou nas ações de preventivas e de combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.
“Nós defendemos agora que o estado envide esforços para evitar a repetição de 2009, quando vivemos uma tragédia com mortos e muitos atingidos pela doença”. Para ele, o quadro é mais do que preocupante. “Defendemos que o Estado redobre a atenção especial ao município, pois está mais que provado o fracasso da Prefeitura nas ações contra a dengue”.

Extraido do pimenta.blog.br

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