O Inpi publicou na Revista da Propriedade Industrial (RPI) na terça-feira (12/11), o reconhecimento da Indicação Geográfica (IG), na espécie Indicação de Procedência (IP), para o município de Jaguaribe (CE), como produtor de peças artesanais em renda filé. Com esse registro, o Instituto chega a 132 IGs reconhecidas no Brasil, sendo 93 IPs (todas nacionais) e 39 DOs (29 nacionais e 10 estrangeiras).
Com base na documentação apresentada ao Inpi pela Associação Renda Filé de Jaguaribe, foi demonstrado que o município cearense é reconhecido pela produção de peças artesanais exclusivamente feitas em renda filé com características únicas de qualidade, beleza e durabilidade. Os vários modelos de peças são resultantes do saber-fazer típico das artesãs e artesãos ali residentes, destacando-se a técnica tradicional de produção culturalmente transmitida de geração a geração.
O município de Jaguaribe enaltece o saber fazer de mulheres e homens, constando na entrada dessa localidade um letreiro convidativo em que está escrito que lá possui a mais bela renda filé. Ela se tornou uma “marca” da cidade, sendo 19 de março o Dia da Renda Filé no município, por determinação de lei em 2022. Por fim, as peças artesanais em renda filé são destaque no Ceará e uma das mais apreciadas no Brasil e no exterior. Os produtos ganharam realce em feiras no país, desfiles de moda e podem ser vistas em figurinos de novelas e filmes.
Características
A prática de tecer foi iniciada na confecção de telas de pesca, mas aos poucos foi direcionada para os bordados em renda filé. Hoje é comum famílias inteiras sentarem-se nas calçadas de suas casas e dividirem uma tela entre si para produzir peças em uma sintonia admirável, voltadas para aumentar a renda mensal. Por isso, as peças produzidas podem ser aplicadas em artigos de cama, mesa e banho, tais como toalhas de mesa, almofadas e cortinas, artigos do vestuário, variando de vestimentas a brincos e turbantes, entre outros. As linhas usadas na confecção das peças, geralmente de formas leves e delicadas, devem ser em 100% algodão ou contendo no máximo 15% de poliéster. Após a confecção da malha que servirá como base ser bem esticada, é feita a marcação do bordado que pode variar de acordo com o tamanho da peça. O bordado escolhido é preenchido com pontos e cores selecionados e elaborados pela experiência dos artesãos. Alguns dos pontos tradicionais são: Cerzido, Palhetão, Ponto 8, Corrente, Espinha de peixe, Rosa Pião e Fuxico. O acabamento da peça é feito mergulhando-a em uma solução de cola branca ou um “grude” à base de amido de milho ou fécula de mandioca, preparado especialmente para essa fase. Após a retirada do excesso de grude da peça, ela é colocada para secar em local limpo e seco, sob temperatura ambiente.
Entendendo a Indicação Geográfica
A IG é um sinal constituído por nome geográfico (ou seu gentílico) que indica a origem geográfica de um produto ou serviço. Apenas os produtores e prestadores de serviços estabelecidos no respectivo território (geralmente organizados em entidades representativas) podem usar a IG.
A espécie de IG chamada Indicação de Procedência (IP) se refere ao nome de um país, cidade ou região conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço.
Já a espécie Denominação de Origem (DO) reconhece o nome de um país, cidade ou região cujo produto ou serviço tem certas características específicas graças a seu meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos. https://www.gov.br/inpi/pt-br/central-de-conteudo/noticias/municipio-de-jaguaribe-recebe-ig-para-pecas-artesanais-em-renda-file
A prática de tecer foi iniciada na confecção de telas de pesca, mas aos poucos foi direcionada para os bordados em renda filé. Hoje é comum famílias inteiras sentarem-se nas calçadas de suas casas e dividirem uma tela entre si para produzir peças em uma sintonia admirável, voltadas para aumentar a renda mensal. Por isso, as peças produzidas podem ser aplicadas em artigos de cama, mesa e banho, tais como toalhas de mesa, almofadas e cortinas, artigos do vestuário, variando de vestimentas a brincos e turbantes, entre outros. As linhas usadas na confecção das peças, geralmente de formas leves e delicadas, devem ser em 100% algodão ou contendo no máximo 15% de poliéster. Após a confecção da malha que servirá como base ser bem esticada, é feita a marcação do bordado que pode variar de acordo com o tamanho da peça. O bordado escolhido é preenchido com pontos e cores selecionados e elaborados pela experiência dos artesãos. Alguns dos pontos tradicionais são: Cerzido, Palhetão, Ponto 8, Corrente, Espinha de peixe, Rosa Pião e Fuxico. O acabamento da peça é feito mergulhando-a em uma solução de cola branca ou um “grude” à base de amido de milho ou fécula de mandioca, preparado especialmente para essa fase. Após a retirada do excesso de grude da peça, ela é colocada para secar em local limpo e seco, sob temperatura ambiente.
Entendendo a Indicação Geográfica
A IG é um sinal constituído por nome geográfico (ou seu gentílico) que indica a origem geográfica de um produto ou serviço. Apenas os produtores e prestadores de serviços estabelecidos no respectivo território (geralmente organizados em entidades representativas) podem usar a IG.
A espécie de IG chamada Indicação de Procedência (IP) se refere ao nome de um país, cidade ou região conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço.
Já a espécie Denominação de Origem (DO) reconhece o nome de um país, cidade ou região cujo produto ou serviço tem certas características específicas graças a seu meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos. https://www.gov.br/inpi/pt-br/central-de-conteudo/noticias/municipio-de-jaguaribe-recebe-ig-para-pecas-artesanais-em-renda-file
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