sábado, 13 de julho de 2024

Durval de Noronha lança livro que rememora os 150 anos da imigração italiana no Brasil

Para marcar os 150 anos da imigração italiana no Brasil, comemorados em 2024, o advogado, escritor e historiador Durval de Noronha Goyos Jr. lança o livro “Breve história da imigração meridional italiana no Estado de São Paulo”, que rememora as condições socioeconômicas da Itália antes da emigração – e como as remessas de dinheiro enviadas pelos emigrantes ajudaram na recuperação da economia de lá –, assim como analisa a situação do Brasil à época em que italianos vieram em massa para cá e se distribuíram por várias regiões do país e do Estado de São Paulo, especialmente sua capital, em busca de uma vida melhor.Ao abordar a formação dessa comunidade majoritariamente napolitana em território paulista, o livro identifica a contribuição que ela trouxe para o Brasil na língua, literatura, artes plásticas, agricultura, indústria, futebol, ciência, gastronomia, sindicalismo e outros temas dessa história que começou nas décadas finais do século 19 e impactou os rumos do Brasil desde então.
O autor relata que, entre 1870 e 1915, ao menos 9 milhões de habitantes do então recém-criado Reino da Itália emigraram, a grande maioria dos quais originária do ex-Reino de Nápoles (posteriormente Reino das Duas Sicílias), sendo que cerca de 70% vieram para as Américas, notadamente para Argentina, Brasil e Estados Unidos. A cidade de Nápoles perdeu ao menos 25% de sua população para a emigração. Mais de um milhão e trezentos mil italianos entraram no Brasil, entre 1880 e 1924.
Vale recordar que o Reino das Duas Sicílias (1816-1861) abrangia todo o sul (parte meridional) da atual República Italiana. Antes da unificação (movimento do Risorgimento) que formou a atual Itália (1870), o território do “país” era dividido em vários reinos, sob domínio de nações estrangeiras.
Os imigrantes daquela parte sul da Península Itálica foram a maioria dos que, embarcando no porto de Nápoles, vieram para o Brasil, desembarcando no Porto de Santos, de onde eram imediatamente encaminhados para a cidade de São Paulo e para o interior paulista. Na capital, os italianos meridionais ocuparam bairros como o Bixiga, o Brás e a Mooca.
Em 1925, o governo da Itália estimou que italianos e descendentes eram 6% da população brasileira. Já em 2013, a embaixada italiana no Brasil divulgou o número de 30 milhões de descendentes de imigrantes italianos (cerca de 15% da população brasileira), metade no estado de São Paulo.
Parte do material de pesquisa para o livro foi cedida por famílias de descendentes, residentes no Brasil e na Itália, onde o autor consultou dezenas de personagens da comunidade napolitana, da qual sua própria família materna se origina. O índice onomástico do livro cita centenas de nomes de pessoas e famílias que compõem essa rica história da imigração italiana no Brasil, incluindo a família do presidente da Fundação Grabois, Walter Sorrentino, e de outras personalidades da política, da economia, da cultura, da imprensa e de outros segmentos.
Com prefácio da brasilianista Antonella Rita Roscilli, pesquisadora, escritora, jornalista e tradutora italiana, o livro de 200 páginas é ilustrado com fotos histórias e será lançado no dia 15 de julho, em São Paulo e no dia 23 de julho em São José do Rio Preto.
Dicionário da língua napolitana
Simultaneamente, o autor lançará o “Dicionário de Aforismas, Provérbios e Expressões Idiomáticas da Língua Napolitana”, com 350 páginas, nos idiomas napolitano, italiano, português e inglês. O conteúdo, em 350 páginas, foi extraído de livros, dicionários, canções, peças teatrais, poemas, preces, grafites e outras fontes, além de sua própria memória linguística de infância, que ele herdou da mãe, natural de Molise, sul da Itália.
Vendas: no dia do lançamento, pela chave Pix CNPJ 43.994.995/0001-66 (Associação São Vito Mártir). E após o dia 15, pelo http://observadorlegal.com.br/.

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