quarta-feira, 31 de julho de 2024

5ª. CNCTI: sustentabilidade e inteligência artificial no centro da agenda


A 5ª. Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação acontece em Brasília nos dias 30/07, 31/07 e 01/08. Na abertura da Conferência, a ministra Luciana Santos entregará ao presidente Lula a proposta do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA)
Tem início hoje (30/07), em Brasília, a 5ª. Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª. CNCTI). A convocação da 5ª. CNCTI foi uma promessa da ministra Luciana Santos feita logo após ter sido indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Nesta quinta edição, a conferência traz o tema “Para um Brasil justo, sustentável e desenvolvido”. O tema não é trivial. Esse tem sido o centro de toda a agenda do ministério desde que Luciana assumiu o MCTI.14 anos sem Conferência
A última vez que uma Conferência Nacional de CTI foi realizada foi em 2010, no último ano do segundo governo Lula. Com o tema “Política de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação com vistas ao desenvolvimento sustentável”, a 4ª CNCTI foi coordenada pelo diretor da ABC, Luiz Davidovich, e reuniu quase quatro mil pessoas.
A 3ª CNCTI aconteceu em 2005, no primeiro governo Lula, sob coordenação do físico Carlos Aragão. Essa foi a primeira vez que a palavra “inovação” entrou no nome a conferência. Em 2001, a 2ª CNCT foi realizada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso após ter ficado um longo período sem acontecer, desde a sua primeira edição de 1985 promovida pelo então presidente José Sarney.
A razão para o país ter ficado tanto tempo sem realizar uma CNTI foi política. O golpe de Estado realizado em 2016 trouxe ao poder dois presidentes da República, Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019-2022), descompromissados com o tema da C,T&I. A agenda autoritária e neoliberal desses dois governos não previa nem a participação social e nem o papel do Estado como indutor do desenvolvimento. Nesse período de sucateamento do Estado brasileiro, o MCTI foi dirigido pelo centrão com seus interesses privados e por um ministro que gostava de andar fantasiado de astronauta.
Foi somente com a eleição de Lula, em 2022, que esse cenário mudou. Com o novo governo, não apenas a participação social retornou com as conferências nacionais de políticas públicas, como o Estado voltou a ser visto como instrumento de indução do desenvolvimento. No caso do MCTI, o símbolo maior desse redirecionamento nos rumos do país foi a indicação de Luciana Santos como ministra e do professor Luis Fernandes como secretário-executivo do MCTI.

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