Até a próxima quinta-feira (14.12), Brasília sedia a 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN), evento de grande importância para o debate e a proposição de ações concretas no combate à fome e à desigualdade alimentar no Brasil. Com o lema "Erradicar a fome e garantir direitos com comida de verdade, democracia e equidade", a conferência busca fortalecer a participação social e o engajamento do Governo Federal na produção de alimentos sustentáveis como instrumento motivador para sanar o desafio da superação da fome no Brasil e garantir o acesso à comida de verdade, com qualidade e de forma inclusiva e saudável. Não queremos um alimento qualquer, mas comida de verdade, saudável, e com democracia e equidade. Temos um apoio especial às mulheres nos programas, um olhar especial para os povos indígenas, quilombolas, para a população em situação de rua” No primeiro dia do evento, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, ressaltou a desestruturação das políticas públicas e o aumento da pobreza e da fome nos últimos anos, e reforçou que a pasta tem metas integradas para a geração de oportunidades e para, mais uma vez, tirar o Brasil do mapa da fome.  O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que a participação de organizações, cooperativas e associações é fundamental para dar condições de produção, consumo e respeito às diferenças pela população. “Temos que promover a agricultura familiar porque ela tem um sistema alimentar tradicional de diversas complexidades brasileiras e, por isso, precisamos promover a diversidade”, disse. Para intensificar o compromisso dos participantes com a erradicação da fome, o evento contou com o Diálogo Inspirador. Segundo a presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Elisabetta Recine, o momento buscou agregar conhecimentos, diálogos e saberes pela pluralidade e diversidade dos participantes. O debate contou também com Tiaraju Pablo D’Andrea, professor da Universidade Federal de São Paulo e da Escola de Artes, Ciência e Humanidades da Universidade de São Paulo; Fernanda Kaingáng, jurista, artista e líder indígena brasileira da etnia Caingangue e presidente do Museu do Índio; e João Pedro Stédile, economista e ativista da reforma agrária.

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