“Querem dizimar minha família, agora só tem eu!” disse o representante do Quilombo Pitanga dos Palmares
A líder quilombola Maria Bernadete Pacífico, 72 anos, que foi morta na noite de quinta-feira (17/08), em Pitanga de Palmares, com 12 tiros. O filho dela, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, mais conhecido como Binho do Quilombo, foi executado com dez tiros, em 19 de setembro de 2017. O homicídio de Binho, que foi executado dentro de um carro, ainda não foi elucidado. A delegada Andréa Ribeiro, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que os tiros que mataram Bernadete foram efetuados por pistola calibre 9 mm. A policial pediu o apoio da população e qualquer informação pode ser enviada através do Disque Denúncia 181. Nenhuma linha investigativa será descartada, conforme Ribeiro. A vítima recebia ameaças constantemente por causa da “especulação imobiliária” e também de madeireiros. Bernadete foi morta por dois bandidos que invadiram seu terreiro. No momento do crime, ela estava sentada e tomava café com os netos. Eles foram retirados do recinto, e lhes tomaram os celulares.Mãe Bernadete — assumiu o posto que era do filho morto
Matriarca do quilombo Pitanga dos Palmares e ex-secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho, a líder era conhecida como Mãe Bernadete e passou a vida lutando pelos direitos dos quilombolas. Ela assumiu a função e já estava consolidada como articuladora nacional, esse papel pertencia ao filho morto, que era articulador nacional dos Quilombos no Brasil. Currículo extenso, justificava a sua autoridade, perante tantos outros. Coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), Ex-secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho, Mãe de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo assassinado em 2017.
O filho sobrevivente dá entrevista abalado.jpeg)
Wellington Pacífico, muito revoltado e entristecido, antes de ver a sua mãe, afirmou que eles já vinham sofrendo ameaças, segundo contou em entrevista ao Jornal da Rede Bahia. “Ela falou, pediu por mais segurança e eu estava presente no dia. Nós somos perseguidos, as nossas lideranças são mortas. Eu perdi meu único irmão há seis anos e, agora, perco minha mãe da mesma forma, através de execução”. Consternado e destemido, seus questionamentos giram em torno de entender porque sua família está sendo dizimada. Veementemente, afirma que “é um crime de mando”, solicita a Flávio Dino e ao governador Jerônimo, que solucione o caso, pois material de provas existe o suficiente, desde a morte do irmão. Ele ainda cita o fato de que o rosto do assassino já é sabido pelas autoridades. “Eu sou o próximo, o próximo alvo. Só nasci uma vez e morrerei apenas uma vez. E morrerei lutando pelos meus ideais, por nossos objetivos, porque Quilombo sempre será resistência.” afirmou o único sobrevivente da família, em rede nacional. Ele conta que estaria no Quilombo aquela noite, mas por causa da chuva, não pode comparecer. A última conversa com a mãe foi na noite anterior em que ela solicitou a entrega de um cooler. “Querem dizimar minha família, agora só tem eu?”, questionou abalado.
Matriarca do quilombo Pitanga dos Palmares e ex-secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho, a líder era conhecida como Mãe Bernadete e passou a vida lutando pelos direitos dos quilombolas. Ela assumiu a função e já estava consolidada como articuladora nacional, esse papel pertencia ao filho morto, que era articulador nacional dos Quilombos no Brasil. Currículo extenso, justificava a sua autoridade, perante tantos outros. Coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), Ex-secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho, Mãe de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo assassinado em 2017.
O filho sobrevivente dá entrevista abalado
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Wellington Pacífico, muito revoltado e entristecido, antes de ver a sua mãe, afirmou que eles já vinham sofrendo ameaças, segundo contou em entrevista ao Jornal da Rede Bahia. “Ela falou, pediu por mais segurança e eu estava presente no dia. Nós somos perseguidos, as nossas lideranças são mortas. Eu perdi meu único irmão há seis anos e, agora, perco minha mãe da mesma forma, através de execução”. Consternado e destemido, seus questionamentos giram em torno de entender porque sua família está sendo dizimada. Veementemente, afirma que “é um crime de mando”, solicita a Flávio Dino e ao governador Jerônimo, que solucione o caso, pois material de provas existe o suficiente, desde a morte do irmão. Ele ainda cita o fato de que o rosto do assassino já é sabido pelas autoridades. “Eu sou o próximo, o próximo alvo. Só nasci uma vez e morrerei apenas uma vez. E morrerei lutando pelos meus ideais, por nossos objetivos, porque Quilombo sempre será resistência.” afirmou o único sobrevivente da família, em rede nacional. Ele conta que estaria no Quilombo aquela noite, mas por causa da chuva, não pode comparecer. A última conversa com a mãe foi na noite anterior em que ela solicitou a entrega de um cooler. “Querem dizimar minha família, agora só tem eu?”, questionou abalado.

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