O comandante do Exército, general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, abriu um processo disciplinar contra o general da ativa e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por ter participado do ato no domingo (23) ao lado de Bolsonaro, no Rio de Janeiro. Sem máscara e aglomerando, Pazuello participou do ato ao lado de Jair Bolsonaro e até fez discurso em cima do carro de som. O Estatuto dos Militares e o Regulamento Disciplinar do Exército proíbem que militares da ativa participem de manifestações políticas. O Regulamento Disciplinar diz que é proibido para militares da ativa “manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária”. Na segunda-feira (24), o comandante Paulo Sergio Nogueira de Oliveira se reuniu com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para discutir a participação de Pazuello na manifestação. Eduardo Pazuello terá que enviar sua defesa nos próximos dias. Depois disso, Paulo Sergio Nogueira de Oliveira tomará a decisão quanto à punição, que pode chegar até mesmo ao afastamento de Pazuello e sua transferência para a reserva. Generais ouvidos pelo UOL afirmaram que Pazuello deve receber “punição exemplar”. “Imagina se no ano que vem coronéis da ativa resolvem começar a subir em palanques. Isso não pode acontecer”, disse um militar de alta patente. O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, disse que Pazuello “sabe que errou” e provavelmente será punido. “É provável que seja [punido]. É uma questão interna do Exército. Ele também pode pedir transferência para reserva e aí atenuar o problema”, declarou. Em 2015, Hamilton Mourão deu uma declaração de cunho político, criticando a então presidente Dilma Rousseff e outros políticos. Ele foi transferido de posto, assumindo um cargo que não chefiava tropas, por conta da declaração. Página 8 (BL)
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