Com apenas 21 anos de idade, o professor Beto Maia (PCdoB) foi eleito vereador no município de Serrolândia (Centro Norte da Bahia), em outubro passado, e se tornou o mais jovem edil da história da cidade e um dos mais novos do estado. Em janeiro, já com 22 anos, ele volta a ser pioneiro: é escolhido pelos colegas presidente da Câmara Municipal. Nessa entrevista, o vereador fala da trajetória e dos desafios que terá pela frente.
Portal Vermelho - Vereador, qual o desafio de assumir um mandato e a presidência da Câmara com tão pouca idade?

Beto Maia - São dois desafios. O primeiro é ter um mandato como vereador e o segundo é já assumir essa responsabilidade de gerir a Casa Legislativa. Estamos, nesse momento inicial, em um processo de aprendizagem. Até o momento está tudo tranquilo e eu creio que será tudo muito positivo para o desenvolvimento da cidade.


PV - Na eleição para a presidência, você teve a adesão da maioria dos vereadores. Quantos foram os votos?

BM - Temos nove vereadores no município [quatro só do PCdoB] e foram dois candidatos. Eu obtive cinco votos e o adversário quatro.


PV - Você teve outras experiências na vida pública?

BM - Na outra eleição [2008], com 17 anos, eu fui candidato e seria empossado com 18, mas empatei com outra vereadora. O critério de desempate foi a idade e por isso ela entrou e eu fiquei de fora. Por conta de um voto eu perdi a outra eleição. Já nessa última eleição eu fui o segundo vereador mais votado do município, o mais votado da nossa coligação. Eu já participei de grupos da Igreja Católica e era representante do Diretório Acadêmico dos Estudante de Geografia da Universidade do Estado da Bahia. Já tinha uma certa ligação com movimentos.


PV - Quais as áreas você prioriza?

BM - Uma coisa que a gente discutiu muito durante a campanha é que o vereador não pode ter apenas uma área de atuação, mas pelo fato de eu ser professor, estou ligado à educação e cultura, principalmente.


PV - O que pretende realizar à frente da presidência da Câmara?

BM - A gente pretende, principalmente, estabelecer uma harmonia na Casa, uma coisa que antes a gente não tinha. A partir do momento que os vereadores são escolhidos, o objetivo é que trabalhem em prol do município, independente de coligação ou partido. Então, o desejo é que haja essa integração bem maior do que nos mandatos anteriores.

De Salvador,
Erikson Walla

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