Modelo de especialização do Mais Médicos é saída para falta de especialistas no SUS
| O presidente da Abramepo, Eduardo Costa Teixeira |
Especialização nos moldes do Mais Médicos é saída para falta de especialistas
Teixeira relata que as normas vigentes hoje reduzem drasticamente o número de médicos autorizados a atuar nestas especialidades no SUS. “Há dezenas de milhares de médicos formados em cursos de pós-graduação de entidades credenciadas pelo MEC aptos a atuar nas mais variadas especialidades, mas por causa de resoluções ilegais são impossibilitados de assumir postos de trabalho mesmo após aprovação em concursos públicos”, comenta Teixeira.
Vitórias na Justiça
Ao anunciar a especialização pelo Mais Médicos por meio de cursos com universidades de vários estados, o governo demonstra entender que a pós-graduação é um dos meios para a especialização de médicos, já que não está abrindo novas vagas de residência. “Essa é uma reivindicação antiga da Abramepo e temos conquistado vitórias na Justiça Federal que garantem a médicos pós-graduados o direito constitucional de anunciar suas especializações”, completa Teixeira.
Defasagem na Residência
O Brasil tem uma grande defasagem de vagas de residência médica. Segundo a Demografia Médica 2023, somente em 2021 faltaram 11.770 vagas de residência para os médicos graduados no período. “A especialização implantada no escopo do Mais Médicos reafirma a nossa posição de que a pós-graduação lato sensu é uma forma legítima para que o médico se especialize. Resoluções que impedem o crescimento do número de especialistas no Brasil têm a única função de garantir uma reserva de mercado para uma minoria. A grande prejudicada com essa política é a população que depende do SUS e chega esperar meses por uma consulta com especialista”, completa o presidente da Abramepo.
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