A afirmação da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, não deixa dúvidas quanto à importância dos povos indígenas e das comunidades tradicionais na proteção das florestas e, consequentemente, no combate às mudanças climáticas: “Nós somos apenas 5% da população mundial, mas 82% da biodiversidade protegida no mundo está dentro dos territórios indígenas”. Após uma participação efetiva na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas – COP 28, realizada em Dubai, ocasião em que teve a oportunidade de chefiar a delegação brasileira na ausência da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, Sônia Guajajara volta para o Brasil com a crença de que o evento da ONU nos Emirados Árabes Unidos marcou um novo paradigma no que diz respeito à participação dos povos indígenas nas Conferências do Clima. A COP 28 foi marcada pela maior presença de povos indígenas em toda a história das COPs e, mais do que participar em peso, os representes dos povos indígenas e das comunidades tradicionais foram ouvidos e sentaram-se às mesas de debate para discutir seu papel nas ações que devem ser tomadas para que mundo possa, de fato, pôr em prática ações efetivas para o combate à crise climática. Ao realizar um balanço da COP 28, Sônia Guajajara exaltou a recepção aos povos indígenas, ressaltou a participação de todos nas mesas de discussão e revelou que sentiu uma grande expectativa da comunidade internacional em relação à COP 30, que será realizada em Belém (PA), em 2025.

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